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Escola de Oleiros

Ponta de Baixo

Freguesia Cult por Freguesia Cult
6 de janeiro de 2022
em Memória
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Escola de Oleiros

São José preserva desde a colonização, a partir de 1759, uma prática trazida pelos açorianos que fundaram a povoação: a produção de louças e de figurativos de barro. Por mais de 130 anos, diversas olarias concentram o ofício no Caminho da Ponta de Baixo, passando a tradição para as gerações seguintes praticamente com as mesmas características de trabalho feito ainda hoje no Arquipélago dos Açores. Muitas famílias josefenses tinham como única fonte de rendimento o trabalho do seu oleiro, o que possibilitou a continuidade dessa arte e expressão de cultura popular. As louças de barro de São José faziam parte do dia a dia doméstico e eram comercializadas junto a populações litorâneas de todo o estado, especialmente em Florianópolis. Com a concorrência de utensílios industrializados em ferro esmaltado, alumínio, plástico e inox, a atividade entrou em declínio.  

Dentre dezenas de oleiros josefenses destaca-se Joaquim Antônio de Medeiros, que em 1918 tornou-se proprietário de olaria na Ponta de Baixo. Por volta de 1934, construiu uma grande produção, na antiga rua geral, perto da entrada sul da Ponta de Baixo e o estabelecimento se projetou, chegando aos nossos dias sempre em atividade. Destaca-se a boa cerâmica produzida ali e a edificação singela, porém elegante, instalada sobre um patamar – quase um podium – de frente para a rua e tendo mata ao fundo. A imponência se confirma pela disposição simétrica dos vãos que compõem a fachada principal, onde porta e janelas têm proporções e ritmos equilibrados, típicos da arquitetura tradicional. Em 1992, a Escola de Oleiros Joaquim Antônio de Medeiros foi fundada naquela antiga moradia para recuperar, valorizar e repassar ainda mais as técnicas dessa tradicional representação da cultura josefense, prática que se insere no rol das manifestações culturais imateriais mais expressivas do litoral de Santa Catarina.

 


Texto de Osni Machado e Eliane Veiga extraído do livro ‘São José – uma Cidade Imperial’, de José Cipriano da Silva (Florianópolis, 2013).

 


 

Sobre Cipriano

O artista plástico José Cipriano da Silva nasceu no município de São José, em 22 de outubro de 1935. Aos 13 anos, produzia histórias em quadrinhos e charges – algumas, inclusive, eram publicadas pelo jornal ‘O Estado’, referência à época. Em 1953, Cipriano formou-se em Carpintaria Civil Naval na Escola Técnica Federal de Santa Catarina. Durante este período, até meados de 1995, trabalhou em desenhos técnicos, artísticos, arquitetônicos e publicitários.

Em 1997, aos 62 anos, o artista autodidata, resolve mostrar sua arte ao grande público. Assim, apresenta obras que revelam a riqueza da história arquitetônica da Grande Florianópolis, com seus casarios e fortalezas, e detalhes da pesca artesanal na região, em várias exposições coletivas e individuais. Muitas de suas obras estampam postais, pôsteres, peças e painéis cerâmicos, livros e figuram, inclusive, em vídeo documentário.

Aos 77 anos, Cipriano decide retomar o contato com suas origens e volta-se à cidade natal, São José, pesquisando e conhecendo in loco alguns dos principais patrimônios históricos do município. Como resultado, produziu 21 obras de arte que expressam a riqueza da história e da arquitetura da cidade. Tais obras ilustram o livro ‘São José – uma Cidade Imperial’, lançado por ele em 2013. Cipriano faleceu em 2017, deixando um importante legado de valorização do patrimônio arquitetônico luso-açoriano e das raízes históricas da ‘imperial’ São José.

 

Foto: Acervo da família de José Cipriano da Silva 

Tags: culturaPatrimônioPonta de BaixoSão José
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