O bairro Kobrasol foi o escolhido pelos empresários Fernanda e Eduardo Gerent para expansão da Kanto A na Grande Florianópolis. A tradicional boutique de roupas, calçados e acessórios femininos, fundada em 1985, possui seis lojas no Centro de Florianópolis, na Ilha de Santa Catarina. A sétima unidade foi inaugurada em dezembro, na rua Koesa, “coração” do bairro Kobrasol, em São José.
“Queríamos muito ter uma Kanto A ‘do outro lado da ponte’. Diante do novo cenário da pandemia, muitas foram as demandas e vendas pelas mídias sociais naquela região. Tivemos o sentimento reforçado de que nosso sonho deveria ser concretizado e em meio um ano tão difícil resolvemos acreditar!”, conta Fernanda. Ela e Eduardo, seu irmão e sócio, decidiram realizar esse antigo sonho. “Nossas clientes pediram muito que tivéssemos uma loja da Kanto A no continente, e assim decidimos dar esse grande passo. E não poderíamos escolher outro bairro que não fosse o Kobrasol. Estamos imensamente felizes com esta decisão! Contamos com o lindo projeto da nossa arquiteta Estela Cislaghi, que, juntamente conosco, esboçou detalhe a detalhe e acompanhou com muito amor a concretização desse sonho”, complementa Eduardo.
Arquitetura em destaque
Implantada em uma das principais esquinas da região, entre a rua Koesa e a rua Jomilda Camargo da Cunha, a nova loja se destaca pela imponente fachada. A arquiteta Estela Cislagui, responsável pelo projeto de arquitetura de interiores de outras três unidades da Kanto A, manteve a linguagem visual da marca, mas explorou as particularidades do imóvel escolhido para abrigar a loja de São José. “O fato de ser numa esquina ajudou muito a tomada de decisão para a implantação dessa loja”, destaca a arquiteta, especialista em Design de Interiores e em Iluminação.
No planejamento, Estela definiu reformular o layout para posicionar a porta de entrada justamente na esquina, espaço que não era aproveitado. Além de destacar a fachada, a solução também contribuiu para conquistar mais área de vitrines e transparência. “Isso nos permitiu fazer uma porta robusta e bem estruturada, de dois metros de altura, marcando bem a entrada”, explica. Um extenso painel ripado de madeira foi projetado para valorizar ainda mais esse ponto da fachada.
Outra decisão importante de projeto foi a exploração do pé-direito duplo para a criação da “experiência diferente” que Estela tinha em mente. “Desde o início, imaginei a ida da cliente na loja como uma experiência que fosse além de uma compra. Eu queria que fosse uma experiência mais sensorial. Que cada um que entrasse na loja tivesse uma sensação de prazer, do belo, de uma poesia… Um suspiro mesmo. Talvez o fato de estarmos no meio da pandemia me levou a pensar além de um projeto comercial”, argumenta a arquiteta. Assim, além de planejar uma imponente porta de entrada, Estela idealizou uma parede verde e a disposição de pendentes em sequência, “formando quase que um balé entre o verde e o conjunto de globos iluminados”.
A “vitrine interna” criada com o mezanino existente proporcionou, também, “um respiro” no fechamento e mais um ponto focal para ser explorado para exposição de lançamentos e de peças diferenciadas. Os expositores são o padrão em aço preto criado pelo escritório de arquitetura para as lojas da marca para um visual sofisticado e moderno. Para a loja de São José, Estela criou um padrão em aço vazado para alguns biombos com o objetivo de manter certa transparência sem perder a individualidade do expositor. O mesmo desenho foi aplicado no vidro do mezanino. Para a área do caixa, foram especificadas banquetas, bancada em pedra, espelhos e luz indireta para tornar esse ponto um espaço de conforto para as clientes. A cor predominante é o branco. Já para os provadores, a escolha foi por um tom de rosa, para representar feminilidade e delicadeza.
“Além de encantar, o projeto focou muito nos fluxos, na experiência de compra, no conforto e bem-estar do cliente. Isso tudo são pontos ‘invisíveis’ aos olhos, mas pensados com muito cuidado para a experiência ser realmente agradável e a loja funcionar de maneira fluída”, explica Estela Cislaghi.
Fotos: Mariana Boro | Divulgação